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terça-feira, dezembro 05, 2006

Nosso tempo

Nosso tempo
A primavera chega sem vanglória
Ainda se vê flores do outono
Em ramos que ostentam frutos
Entre verdes folhas balouçando ao vento.

Em ti procuro perfume,
A flor está murcha,
Sem lembranças de ontem
Que te valham um novo vicejar.
Nada a ser revivido
Das estações passadas,
Tudo passado, exaurido.

Seremos passado
No presente sucumbido;
Que pena! A vida que acrescentar-nos deveria
É sinônimo de perda
Antônimo do melhor que seria. Que pena, que perda!
Ninguém nos limita
Somos adultos, contudo...
E porque nos acorrentarmos a certas regras e certas condutas
Se o amor que em mim grita, grita mais forte que qualquer culpa?

Toda flor murchar-se no fim do dia,
Só o que permanece são as lembranças
Que perfumam nossos sentidos em nosso caminho.
E ramos ainda viçam e podem florescer em nossas mãos.
Pense nisso!

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