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quinta-feira, junho 28, 2007

Fernando Pessoa _ A melhor poesia

Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa)

Não Quero as oferendas

Não quero as oferendas
Com que fingis, sinceros,
Dar-me os dons que me dais.
Dais-me o que perderei,
Chorando-o, duas vezes,
Por vosso e meu, perdido.
Antes mo prometais
Sem mo dardes, que a perda
Será mais na esperança
Que na recordação.
Não terei mais desgosto
Que o contínuo da vida,
Vendo que com os dias
Tarda o que espera, e é nada.

domingo, junho 24, 2007

Fernando Pessoa

Aqui neste profundo apartamento

Aqui neste profundo apartamento
Em que, não por lugar, mas mente estou,
No claustro de ser eu, neste momento
Em que me encontro e sinto-me o que vou,
Aqui, agora, rememoro
Quanto de mim deixer de ser
E, inutilmente, [....] choro
O que sou e não pude ter.

sábado, junho 23, 2007

segunda-feira, junho 18, 2007

Dinheiro - Não esqueça o que é seu.

Abono do PIS/Pasep pode ser sacado até dia 29
18/06/2007, 10:10
Termina no próximo dia 29 o prazo para os trabalhadores sacarem o abono salarial do PIS/Pasep no valor de um salário mínimo, referente ao ano-base 2005. Segundo o Ministério do Trabalho, mais de 1,1 milhão de trabalhadores com direito ao benefício ainda não sacou o valor.Desde julho de 2006, quando começou o calendário de pagamento, cerca de 10,6 milhões de abonos foram pagos em todo o país. Tem direito ao benefício o trabalhador ou servidor que recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais em 2005, que tenha trabalhado pelo menos 30 dias naquele ano e estava cadastrado no PIS/Pasep desde 2001.
O abono do PIS é pago nas agências da Caixa Econômica Federal e o do Pasep, no Banco do Brasil. Para fazer o saque, é preciso apresentar a carteira de identidade e o número de inscrição no PIS/Pasep. Mais informações através do telefone 0800-574-2222.

sexta-feira, junho 15, 2007

O jovem

Cheio de entusiasmo e imperfeição o vemos, nas suas idéias e ilusões, quando o observamos de longe, bem de longe, da penumbra da meia idade; rimos da sua dor que fora verdadeiro sofrimento.

Por muito tempo pensei ter trancado o coração. Observava envergonhado ou com vanglória os episódios do passado.

Muito me arrependo de coisas que não fiz:
Passos que não dei
Riscos que não corre por excesso de cautela
Conselhos que não ouvi
Corpos que não abracei
Beijos que não beijei _ apenas os sonhei, dias e noites os sonhei.
Pessoas que não amei e no entanto a elas me dediquei
E outras que tanto amei e não me declarei...
Muitas palavras sufoquei... Tantas palavras!

Por muito tempo pensei ter amarrado meu coração. Olhava o passado como passado, como fatos que aconteceram e nunca mais aconteceriam pelas precauções que eu tomava.
Engano. Passado é passado apenas para o tempo; e o tempo dividido não existe, o que existe é vida _ movimento e conclusão _ nascer, existir e morrer. E o coração enquanto coração não conta o tempo, é constante movimento, é amor, solidão, ou o outro sentimento.

Eu pensei ter trancado meu coração.
Eu pensei nunca mais sofrer por amor
Nunca mais me apaixonar e ter noites de insônia pensando em alguém
Eu pensei que esse tempo se encerrara em mim por tê-lo parado no relógio do sentimento.
Engano, engano, engano!
Hoje, pelo que sei, pelo que tenho vivido, sofro muito mais;
Porque tudo é muito mais forte, e tudo é real.
Que saudade das ilusões! Que falta dos sonhos impossíveis!

Observando o jovem do passado, o precursor da dor e das ilusões, eu pensava: “Tolo, podia ter sido feliz!”
E pensando ser esperto e já saber de tudo dizia: “Ah, se fosse hoje!”.

Hoje cometo os mesmos erros!
Tenho passos detidos
Riscos dos quais fujo
Conselhos inúteis que ouço, e incentivos que não escuto.
E os corpos passam por mim e não os abraço; me desvio.
E os beijos!?
Ah, os beijos! Eles estão tornando veneno nos meus lábios para assassinar aos poucos minha mente.
E o corpo lindo que tem o calor que necessito, nas carícias que sempre sonhei, passa;
A mulher perfeita passa, passa por mim e se vai sumindo, sumindo... E eu não a abraço...
Nem digo o quanto a desejo e amo.
Eu vacilo
Sou tão fraco
Estou tão cansado
Estou tão acabado
Nem sou capaz de usar o telefone.
E eu que tanto tempo humilhei aquele jovem que fui!

The Band - The Weight

sexta-feira, junho 01, 2007

O operário

Há quem trabalha duro no país da corrupção

É pena que os empresários não tem nenhuma consideração.
Este vídeo registra os últimos momentos de produtividade de um setor que foi desativado e mais de cem pessoas ficaram desempregados. A empresa é uma multinacional, e o grupo francês, é constituido por mais de 1200 empresas espalhadas pelo mundo; e simplesmente fecharam sem considerar outras alternativas.
Será mesmo que a culpa é da concorrência e da desvalorização do dollar?


'MANTIS NINJA' VERSUS 'DAMSELFLY'! _ ONE GETS EATEN ALIVE!!!

A natureza e sua complexidade

Sob blue moon



Do desespero que eu sinto, por amor, faço arte
Não arte clássica, com requinte, como Cervantes...
Pinto soluços, a agonia, tal qual, o soneto de Dante
Por loucura, por desejo, dor, por amar-te.

Em manhã fria, rósea a face, lábios escarlate
Vi-te; olhar de sol, fertilidade insinuante
Sobre um mar calmo, blue moon baixa e flutuante
Encantar-me os olhos, seduzindo-me a ti me dar-te.

De repente, do alto mar, tua voz me chama
Voz suave, sirena, de lua azul, que por amor reclama
E eu vou; vou sobre as águas, leve, delirante
Sexo em chamas.

Vou feito Cristo, Pedro, feito Dante
Vou Imaculado, aventureiro e incrédulo,
Perverso como antes.