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domingo, maio 25, 2008

Beijo-te...

Beijo tua mão
Mirando tua boca,
Para meu ego é o máximo
Pela coragem pouca;
Para o desejo, entretanto, a vontade é outra.
Tu, porém, dizes:
“Atitude louca!”
Mentes.


Os teus brancos seios...
Que meu olhar devora
Cubro-os com um calor perfumado
Do amor que evapora.

Meu olhar me denuncia
E o teu, atento, me extasia e apavora.

E esse teu perfume,
Sol,
A essa hora da manhã,
Aos primeiros raios,
Perfume de flor_ mulher_
E virgindade feminina,
Só nossa presença sabe a fórmula e o produz
Nessa flor sensual
De sexo se abrindo
De forma lenta e continua.
Lava sangüínea...

Gosto de ler-te
Decifrar-te
De ensaiar poesia.
Cifras e códigos,
Livros, dicionários, suportes
Para a sensibilidade ativa.

A alma pré-disposta a dores ou alegrias,
Nesses dias de nevoeiro,
Formula-te em cores e cheiro...
Numa paisagem vazia...
Gosto de namorar-te...

Na falta de tudo isso leio,
Apenas leio,
Nas páginas brancas e frias...
Dos teus brancos seios que meu olhar devora
Junto aos raios do sol atrevido
Que os desperta e os aflora...
Em festa de recreio; vão.

Vão lágrimas do teu e do meu desejo
Doce saliva de beijo
Que escorrem entre eles por teu ventre afora;
E escorrem e embebedem
Por teu ventre
Por teu sexo róseo
Rosa rosa roça
Que grita por mim
Jardineiro e jardim
E você o ignora
Úmido, úmida, alaga-se e margea
À margem da flor que se incendeia.

Toda nuvem gera tempestade...

Já o sol se decompõe
Desintegra-se em pedaços ardentes
Dissolve-se em luz linear
Para tocar teu corpo;
Mais tarde se auto-recompõe
Desse desafio milenar
Para ter novamente o prazer de te tocar,
Enquanto meus olhos nublados te perdem
Te somem
Te comem
Te lambem
Te bebem
E cegos
Dormem... In darkness!

Beijo tuas mãos...

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